A pesquisa

Actividades do campo de pesquisa

Dois tipos de abordagens de marcação (tagging) são desenvolvidos no campos, um para documentar em alta resolução espacial e temporal as viagens curtas de forrageamento de aves reprodutores, e um para o monitoramento em longo período de tempo dos deslocamentos de aves no mar, fora da época de reprodução.
Pela primeira abordagem,
usamos uma combinação de gravadores de GPS e de gravadores do tipo dive (TDR do inglês
Gravadores de tempo e profundidade). Estes dois equipamentos podem registrar a atividade de aves (posição por GPS e mergulho/não mergulho por TDR) em resolução de até 1s e alguns metros. Para a segunda abordagem,
usamos gravadores ainda mais miniaturizados do tipo GPS (doravante denominado mini­GPS) que fornecem informações de posição menos frequentes, mas em períodos de tempo muito mais longos (até alguns anos). A montagem de GPS, TDR e mini ­GPS nas aves exige captura­las em seus ninhos. À medida que os 3 tipos de etiquetas (tags) são gravados (e não transmitidos), cada ave e' capturada por dois vezes. Para GPS e TDR de alta resolução, cada ave e' capturada no ninho. Cada montagem leva cerca de 10 min (TDR montada na pata o em um anel, GPS fixos na penas). A re­captura, para recuperar as tags e os dados, ocorre entre 1 e 3 ou 4 dias posteriores, de acordo com as oportunidades funcionais do campo. Na recaptura, as etiquetas são retiradas, e são recolhidas medidas morfométricas (tamanhos, peso), além de amostras de sangue e penas (para complementar análised de C, N e Hg). Para o monitoramento de longo prazo com mini­ GPS, as aves são capturadas, recapturadas e equipadas da mesma maneira. Mas a recaptura e a recuperação da tag irá ocorrer apenas alguns meses ou um ano mais tarde. Esta metodologia tem sido utilizada em todo o mundo com muitas espécies diferentes, e foi comprovada que não fere ou causa a morte dos animais. O estresse é minimizado pelo fato de que os operadores têm tempo de formação, neste tipo de manipulações e, geralmente, eles não exigem a manipulação do animal mais de 15 minutos. 

Protocolo detalhado para a coleta das aves marinhas. a-d) fixação na pena de cauda dos GPS e TDR com Tesa Tape; e-h) medições biométricos realizados na segunda captura (peso, tarso e tamanho da asa); a partir i) amostragem biológica nas aves marinhas estudadas (sangue, fezes, penas, presas regurgitadas).

FN também tem uma pequena frota de pesca que não tem interações diretas com as aves. No entanto, as aves se alimentam de presas que também são alimentos do atum (peixe voador e lulas), o que provavelmente faz com que haja sobreposição, mesmo que parcial, entre as áreas de forrageamento das aves e das áreas de pesca. Para quantificar isso e também para complementar o mapa de áreas rentáveis prováveis para as aves, se estao implantando gravadores de GPS a bordo dos barcos simultaneamente aos experimentos de marcação.

Amostragem da viagem de pesca: dois pesquisadores implantaram GPS a cada manhã nos barcos de pesca antes de saída ao mar. Ainda, pesquisadores acompanhavam a pesca para fornecer uma documentação completa das atividades e capturas a bordo.

Comentários

Postagens mais visitadas